Entenda tudo sobre o processo de incineração de resíduos
A incineração de resíduos é uma prática sustentável e um método eficiente para destinar os materiais que não podem ser reutilizados ou reciclados.
O procedimento apresenta um alto nível de eficiência e consiste na destruição térmica dos materiais que seriam destinados aos aterros sanitários, reduzindo drasticamente o volume gerado.
Porém, a queima provoca uma certa preocupação ambiental porque se o processo não for realizado por uma empresa séria e responsável o procedimento pode emitir gases que são tóxicos à saúde humana.
Todavia, haja vista os benefícios, tramita no Senado o Projeto de Lei 4.603/2021, sugerindo a incineração como alternativa aos aterros sanitários, como prática de redução de resíduos e como incentivo à geração de energia elétrica por fonte térmica.
Quer saber mais sobre o processo de incineração de resíduos? Continue a leitura e confira.
Como funciona o processo de incineração de resíduos?
Para a incineração de resíduos são usados fornos especiais. Eles possuem formatos, características e técnicas diferenciadas que variam conforme os resíduos que ele recebe para queimar.
Em empresas sérias, experientes e responsáveis, esses fornos possuem filtros para evitar que os gases tóxicos possam ser liberados na atmosfera.
No momento da queima as temperaturas no interior dos fornos chegam a atingir entre 900°C a 1.250°C, resultando em redução significativa de todo o volume e massa dos resíduos, transformando em pedacinhos inertes de material.
Outra boa notícia é que muitas empresas especializadas em incineração investem em equipamentos que são acoplados juntos aos fornos que transformam o calor em eletricidade.
Por isso, a incineração é considerada uma fonte geradora de energia elétrica.
Para garantir que todos os processos sejam seguros e feitos corretamente, a Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece todos os parâmetros que devem ser seguidos para não trazer prejuízos, que incluem:
- preparação dos materiais,
- temperatura correta para a combustão,
- controle dos poluentes atmosféricos,
- controle dos efluentes,
- manuseio e descarte das cinzas em aterros próprios para este fim.
Quais resíduos podem ser incinerados?
O Projeto de Lei 4980/20 proíbe a incineração de resíduos sólidos urbanos, inclusive por cooperativas e associações de catadores.
A incineração de resíduos é recomendado apenas para materiais que apresentam algum tipo de periculosidade, por isso não podem ir para centros de reciclagem ou para aterros.
Alguns exemplos são:
- resíduos hospitalares,
- produtos químicos capazes de poluir o meio ambiente,
- defensivos agrícolas,
- alguns tipos de resíduos industriais.
O processo de combustão desses materiais deve ser realizado por empresas e profissionais que cumpram todos os critérios estabelecidos pela PNRS.
Vale ressaltar que a queima de qualquer material de forma indevida é considerado um crime ambiental que pode resultar em multas ou até mesmo a reclusão do praticante.
O que fazer com resíduos que não podem ser incinerados?
Como você viu, não é permitida a incineração de resíduos sólidos urbanos, que são os materiais gerados a partir das atividades domésticas e comerciais de grandes centros.
Entre os resíduos sólidos mais comuns estão:
- o lixo orgânico, restos de comida e plantas,
- papel, papelão, caixas, jornais, revistas,
- vidros,
- metais,
- plásticos.
Sempre que não for possível reutilizá-los, os resíduos sólidos urbanos devem ser selecionados. Essa seleção é o primeiro passo para que eles sejam devidamente encaminhados à reciclagem.
A separação também facilita o trabalho das pessoas que realizam a coleta seletiva, sem contar que ajuda a reduzir a poluição visual e a evitar a contaminação do solo e das nossas águas, além da proliferação de doenças.
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